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Discurso de Larry Feldman


Transcrição de "Frozen in Time: uma fascinante visão por trás dos bastidores dos casos de Michael Jackson"
Discurso de Larry Feldman


TRADUZIDO POR CAROLINE MJ. SE REPRODUZIR, COLOCAR CRÉDITOS.



Começamos a parte dois com a análise do caso de 1993 feita por Larry Feldman. Como você pode imaginar, tive que checar seriamente os fatos!
Larry Feldman: Boa noite. Eu tive o privilégio de representar os dois jovens, ambos os que alegaram terem sido molestados por Michael Jackson. Eles tinham algumas semelhanças que, mesmo estando a dez anos de diferença, valem a pena assinalar; e algumas diferenças que também valem a pena assinalar.

Tendo em mente, ambos eram civis. Em um, no primeiro caso, eu de fato participei do processo dele e passei pelas mesmas coisas que o juiz Melville falou a respeito. Lutei com as mesmas questões, e falarei a respeito quando for a hora de falar sobre isso. Em um, nós não processamos de fato porque o caso criminal veio primeiro. Mas ambos os meninos tinha isso em comum: eles tinham 13 anos de idade, eram jovens entrando na puberdade. Ambos vieram de famílias problemáticas. Ambos viviam com suas mães na época em que as supostas alegações teriam ocorrido.

Ambos vieram de casas cujas mães o permitiram passar um tempo excessivo com Michael Jackson, sozinhos. Ambas as mães permitiram que seus filhos dormissem na casa de Michael Jackson, no quarto, na cama onde Michael Jackson dormia. Ambos esses pais, mães pelo menos, receberam coisas de valor de Michael Jackson durante o tempo em que tiveram esse relacionamento com ele. Outra coisa sobre a qual acabei de pensar é que o que esses casos tinham em comum, mesmo com dez anos de diferença, que nenhum dos advogados, creio que exceto Ron Zonen, eram os originais do primeiro. No primeiro caso, o caso do primeiro menino, que foi resolvido, ele inicialmente foi representado por um advogado de nome Rothman, e depois Gloria Allred assumiu por 24 horas, 36 horas, deu uma coletiva de imprensa e acabou! (risos) Então, entrei para o caso.

E originalmente Michael Jackson, no caso um, foi defendido por Bert Fields e Howard Weitzman, e depois, Bert foi substituído e Johnnie Cochran e Carl Douglas se tornaram os advogados principais de Michael Jackson. E no caso criminal, originalmente Michael Jackson foi representado por Mark Geragos, como o juiz fez alusão, e Brothman de Nova York, e por fim foram substituídos por Tom Mesereau. Então, todos estávamos meio que lidando com questões que algumas das cartas já haviam sido usadas por nós. Mas eles se diferenciavam em vários aspectos, pelo menos pela minha visão como advogado.

O caso de 1993, na época em que eu estava no caso, foi a história principal do LA Times. O caso estava em todos os jornais da televisão local. Era a história principal. Nesse caso, o menino, só para refrescar suas memórias, foi mandado ao Children's Services através de um psiquiatra a quem ele havia relatado o abuso. O Chidren's Services, como a maioria de vocês deve saber, isso é um relato confidencial, quando alguém relata abuso sexual, psiquiatras são exigidos por lei a denunciar. E lá era pra ficar supostamente, totalmente, 100% confidencial. Alguém ficou sabendo e vazou para a imprensa, então a imprensa ficou sabendo na época em que não havia nenhum advogado envolvido. O jovem, nesse caso de 93, havia dado uma declaração inacreditavelmente detalhada sobre seu relacionamento com Michael Jackson, como começou, como a parte sexual começou. Ele detalhou muito bem o começo do relacionamento, como ele passou a ter uma atividade mais física com Michael Jackson, como começaram as carícias, como começou o sexo oral, como começou a masturbação. E ele deu essa história inteira excelentemente detalhada.

O outro menino não foi verdade. O outro menino tinha tido câncer em 4° estágio, e ele nunca tinha de fato revelado tudo sobre o relacionamento. E ele veio de uma família toda destruída, um lar destruído. Mas aquela família, no momento em que vieram a mim, nunca havia dito nada ao Children's Services, não tinha estado em terapia, não tinha chamado a polícia, não tinha chamado a promotoria. Então, o caso um já estava por aí quando nos envolvemos. No segundo caso, nada havia sido dito a ninguém. Então havia questões totalmente diferentes envolvidas em ambos os casos. No caso um, o promotor na época, Gil Garcetti, porque as alegações primárias haviam sido em Los Angeles, estava muito satisfeito em nos ver levando o caso para o lado civil, e feliz em nos ver ir em frente, liderar, ver sobre o que o caso se tratava, ter acesso a todas nossas descobertas, e depois decidir se ele queria abrir um processo no caso.

No segundo caso, foi o contrário. O promotor de Santa Barbara, que no fim pegou o caso, insistiu que o caso criminal viesse antes e que não houvesse caso civil, e que o lado civil do caso ficasse de lado, e eles certamente queriam controlar o caso e como seria tratado, e o que seria tentado, e como seria lidado com a imprensa e tudo mais. Então, havia coisas totalmente diferentes acontecendo, o tipo de decisões que tomei no primeiro caso, não tomei no segundo. O promotor sim. Como esse caso seria conduzido era escolha do promotor, enquanto no primeiro caso, tive controle total. Agora, a razão pela qual perguntei ao juiz como ele determinava o que fazer, quando tratamos no primeiro caso, foi impressionante para mim. Digo, eu já havia tido casos antes em que a mídia estava interessada, e tipicamente quando você abre um processo, a mídia talvez o reporte, e se você fosse em frente e conseguisse um veredito, você falaria por 20 segundos. Mas, nada foi como o caso de Michael Jackson na época. Não havia casos como aquele.

Lembro-me de Johnnie Cochran dizer, quando ele saiu, quando ele finalmente fez um acordo no primeiro caso, que ele nunca havia visto tanta imprensa ao redor do tribunal de Santa Bárbara em sua vida inteira, até o ano seguinte quando processaram OJ e, de repente, a imprensa no caso de Michael Jackson parecia pequena comparada à imprensa que o caso de OJ juntou. Mas foi impressionante a forma como se tinha que lidar com a imprensa.

Fizeram uma pesquisa, nunca me esquecerei disso, o Gallup Poll fez uma pesquisa sobre Michael Jackson e quantas pessoas sabiam do caso e das alegações, e 98% dos que participaram havia ouvido sobre o caso. Uns 65%, 66% das pessoas acreditavam que Michael Jackson era mesmo inocente, e 12% acreditavam que ele havia feito aquilo com o menino. Para, para um advogado, essas são questões reais com as quais você deve lidar, quer dizer, não é apenas "Esqueça! Vamos ter nosso dia no tribunal!" É algo com o qual você é confrontado porque, não importa o que os jurados dirão, os jurados que leram a respeito do caso, que estão cheios de informações, tínhamos nosso caso para trabalhar, e seria trabalhado enquanto tudo isso estava na imprensa. Então, é um fator real que um advogado deve considerar. E como eu assistia na TV, boquiaberto, pessoas que eram advogados proeminentes de verdade, no Today Show, na ABC, falando sobre o caso de Michael Jackson, e eles não tinham idéia nenhuma a respeitos dos verdadeiros fatos, do que eles estavam falando, exceto que estavam falando, e eles estavam muito felizes por estarem falando. (Risos!) E tínhamos que confrontar esse tipo de problema, e fazer isso de maneira ética.

Já no segundo caso, como os advogados estavam meio que nos bastidores, era exatamente onde eu estava, nos bastidores. Eu não estava controlando a imprensa. Suspeito que eu provavelmente sabia sobre essa ordem, mas ela não me impactou ou talvez tenha impactado na época. Sabem, eu não estava envolvido mesmo no que estava acontecendo.

 E se, de fato, houvesse uma condenação, talvez então eu fosse envolvido ou não. Mas era um conjunto de circunstâncias totalmente diferente. E a razão por ser tão importante é que pelo menos no Michael Jackson dois, como o chamaremos, mas em um você tinha Elizabeth Taylor na TV dizendo o quão inocente Michael Jackson era e que pena era. Você tinha Michael Jackson cancelando uma turnê mundial, esse é o Rei do Pop, e ele está cancelando uma turnê mundial. Acho que era a turnê Dangerous, porque ele estava tão irritado com o que o menininho estava fazendo. E tão frágil. Você tinha Anthony Pellicano, que não estava na cadeia na época (Risos!), mas era o porta-voz, o que nunca entenderei, que foi escolhido pelo acusado para falar sobre esse caso.

Ele era alguém que nessas coletivas de imprensa estava admitindo que Michael Jackson dormia com crianças, com menininhos. Então para o advogado de um reclamante, como eu era; geralmente, sabe, é muita munição que você tem. E a questão é: "Como usar isso de maneira efetiva?" E, por outro lado, eles alegavam que era extorsão; que o pai do garoto estava tentando extorquir dinheiro disso. Então, isso estava por aí. Na verdade, houve uma investigação criminal para saber se houve mesmo extorsão.

Geraldo, lembram-se de Geraldo? Isso é muito velho. Quando Geraldo fez um julgamento de piada onde eles estão julgando Michael Jackson, foi na época que entrei para o caso, eis que ele ganha o caso. Você não pode fazer nada para que os jurados esqueçam isso. E também, de um ponto de vista de todos nós que representamos indivíduos, você tem um garoto de 13 anos, e tendo acontecido ou não, a vida deles depende disso, e não é só pelo dinheiro. Essas crianças vão à escola, essas crianças têm amigos, meninos aos 13 anos passam por momentos difíceis em suas vidas tentando descobrir o que são, do que são, seu bem-estar sexual. O que tudo isso significa para eles. E aqui está, essas questões delicadas estão na imprensa e não demorou muito. Não sei muito sobre o segundo caso, mas claro que toda criança do lado oeste de Los Angeles sabia quem era o reclamante, mesmo que seu nome na época tenha sido guardado em segredo. Então como advogado, você tem uma grande responsabilidade além de tentar fazer o caso dar certo para o cliente, pensar nas ramificações dele. Se você realmente quer competir com o Rei do Pop, como diz no programa, se você realmente quer ficar marcado com isso, porque não importa o resultado, haverá pessoas que acreditam ser verdade não importa o veredito, e acreditam ser mentira não importa o veredito. E tudo o que você terá no final do caso civil é, talvez, dinheiro.

No primeiro caso, foi simples porque o menino estava sendo punido e não poderia sobreviver sob as circunstâncias que existiam. No segundo caso, era um menino que tinha câncer terminal e quase morreu disso. Ele tinha câncer em estágio 4, e agora essa criança tem que decidir, seus pais têm que decidir se eles devem ou não fazer algo, se eles devem ir à polícia, se devem ir à promotoria, se devem ir ao Children's Services, se devem pedir dinheiro de Michael Jackson, ou não fazer nada além de tentar um rápido acordo. Há todos esses tipos de questões com as quais essas pessoas devem lidar. E geralmente são pais que, de uma maneira ou de outra, foram cúmplices, se algo aconteceu, ao permitir que isso acontecesse. Então, eles os estão ajudando a tomar decisões que impactam essas crianças para o resto da vida. Então é uma responsabilidade impressionante ajudá-los. E se você só fizer isso confidencialmente, o que eu fiz várias vezes para pessoas em um caso contra a vara escolar, em que um professor estava molestando crianças com necessidades especiais que não podiam sequer falar. E mantivemos em segredo. Mantivemos essas crianças longe da imprensa. Não houve nada disso. Mas agora há problemas terríveis para essas crianças. E ainda se piora isso pela imprensa, e os noticiários 24 horas por dia, e então se tem um problema sério se você se importa com crianças e com os resultados.

Seth Hufstedler: Acho que podemos ir para a próxima pergunta e talvez você volte ao pódio novamente. Porque acho que agora é o momento de você e Carl falarem sobre o que ocorreu no primeiro caso.

Larry Feldman: Então, no final aquele caso foi acordado, e acho que todos sabem disso. Mas o que houve? Da minha perspectiva, achei que era simples. Acreditem ou não, em 1993 não havia nenhuma regra da Ordem dos Advogados, agora há, mas não havia nenhuma regra sobre o que advogados podiam ou não dizer à imprensa. Tom, Carl e Ron com certeza confirmarão que, a partir do momento em que você está em uma situação dessas, você precisa de uma pessoa apenas para lidar com todas as ligações que recebe da imprensa. E eles não param. Você não pode simplesmente ignorar. Você recebe centenas de ligações de um repórter que espera entrar no assunto com você, ou que você vá dar uma entrevista. Então, eu sequer sabia quais eram as regras, e comecei a pensar como iríamos fazer isso, dada toda essa publicidade. "Como vamos lidar com tudo isso?" Então olhei as regras da Ordem dos Advogados, e a Califórnia não tinha nada a respeito em 1993. Olhamos as regras da ABA e havia algumas regras gerais que você não pode prejudicar o caso com nenhuma declaração extrajudicial. Isso parece bem simples e, mesmo não tendo essa regra na Califórnia, parecia algo bem simples de se seguir. E há o caso da Côrte Suprema dos Estados Unidos que diz aos advogados que eles têm o direito de protegerem seus clientes.

É em um caso criminal que você tem esse direito. Não se pode prejudicar o caso. Mas você tem esse direito, assim como fizeram no Michael Jackson Dois, quando o promotor levantou e disse que estava acusando Michael Jackson de abuso sexual, e todas as acusações que trouxeram. A defesa tem o direito de dizer algo na imprensa para defendê-lo, então não é uma barreira de um lado só, e obviamente era isso que o juiz Melville estava tentando garantir e garantir que os dois lados, pelo menos alguns fatos, se pronunciassem.

Então sabíamos que era a vez da mídia sobre isso, e também sabíamos que naquele momento havia uma grande máquina de Relações Públicas para Michael Jackson. Ele tinha muito em jogo e muito dinheiro em jogo. E havia muitas pessoas que investiram nele saindo disso ileso. Então tivemos que imaginar como lidar com isso. E, no fim, decidimos que faríamos de uma forma que em que litigaríamos o caso de maneira dura. Que não teríamos que falar com a imprensa, que não teríamos que ir ao Today Show, mas que iniciaríamos uma estratégia que nos permitia dizer tudo o que precisássemos dizer nos documentos do tribunal que, geralmente, são arquivos públicos.

Uma das coisas que tivemos, antes de Carl e Johnnie entrarem no caso, "Se conseguirmos que Michael Jackson responda à queixa antes do garoto fazer 14 anos de idade, então teremos o direito de um julgamento em 90 dias". Esse era o atrativo para que o promotor me desse uma chance de ver se poderíamos iniciar isso ou um julgamento rápido de 120 dias. Registramos uma queixa, eles responderam à queixa por razões quaisquer e então entramos com uma moção logo para conseguir um julgamento rápido. A defesa, como todo respeito a eles, teve que se preocupar não apenas em defender Michael Jackson no tribunal civil, mas, o mais importante, eles sabiam que havia um caso criminal por trás do civil, e tiveram que defendê-lo preocupando-se com os direitos à Quinta Emenda. Conforme ele tentava lutar contra nossa moção por um julgamento rápido, litigávamos em papéis, e sempre respeitamos seus direitos sob a Quinta Emenda, mas também deixamos claro que se ele não tivesse nada a esconder, e sendo que nós tínhamos uma criança de 13 anos de idade, nós deveríamos ir e litigar isso, e isso estaria atrás de ambos. E a imprensa amou, e pegou.

Toda vez que tínhamos depoimentos de pessoas que sabiam sobre Michael em Neverland, e seu relacionamento com esse jovem, no momento que os advogados tentavam fazê-lo parar de responder uma pergunta, nós registrávamos documentos a respeito, e sobre qual era a pergunta, e por que era relevante, e aonde ela levava. A imprensa corria com os documentos e amava, e faziam declarações. Quando quisemos um exame em Michael Jackson, e tirar fotos de Michael Jackson porque o jovem havia feito alegações sobre suas partes íntimas, tivemos que descrevê-las em detalhes para mostrar por que tínhamos direito àquelas fotos. Então litigamos duramente, mas claramente dentro das regras. E quase não importou se ganhamos ou perdemos, o fato é que estávamos nos nivelando com todas essas coisas.

Houve uma moção aberta pela defesa, e não lembro se Carl estava no caso na época, para tentar amordaçar os advogados, e eu disse que amordaçar os advogados não resolve o problema. Pelo menos, com os advogados você tem a chance de ter um relato preciso sobre o que acontecia. O problema que tivemos foi, enquanto a moção estava sendo processada, havia pessoas da família Jackson dando entrevistas, dizendo, que pena que estávamos processando Michael, e o quão ruim era para Michael e etc, o que você espera que a família faça mesmo. Então, podíamos controlar os advogados e os clientes, mas não podíamos controlar todas as pessoas que tinham uma opinião. Então esse foi o rumo que tomamos. Em algum momento, Johnnie e Carl entraram para o caso.

Johnnie e eu temos uma longa história. Tive o privilégio de representá-lo muitas vezes em sua vida, e podíamos confiar um no outro com a ajuda de três juízes que fizeram um acordo muito secreto, e nós conseguimos no fim fazer um acordo no caso, e trabalhar com todos os problemas e detalhes para o benefício deles. E eles confiaram em mim, eu confiei neles, e deu para fazer o acordo. Não resolveu o problema com o promotor se eles iriam continuar com o caso. Mas estava muito claro para todos que quando você passa por uma coisa dessas, tendo 13 ou 30 ou 50 anos, o aperitivo de passar por isso de novo quando você finalmente consegue um descanso ou alguma paz, sendo um caso criminal ou civil, você não está com tanta fome pra fazer tudo de novo. E pra essa criança, que tinha que viver sua vida, e que agora estava sendo cuidado financeiramente, e você tinha um promotor que não estava fazendo nada agressivamente. Não era difícil para ele tomar uma decisão de que ele já estava saturado e não queria mais seguir em frente. Então, esse é mais ou menos o panorama daquele caso, e do que houve nele. Michael Jackson continuou a viver sua vida, e o menino também. E isso é basicamente o que aconteceu no caso civil de 1993.

Análise dos comentários de Larry Feldman:

Como Feldman ficou muito tempo falando em acordos, é necessário que leiam estas partes do “Relato do Caso Chandler” onde esclareço sobre o acordo:




1. "Ambos vieram de casas cujas mães o permitiram passar um tempo excessivo com Michael Jackson, sozinhos. Ambas as mães permitiram que seus filhos dormissem na casa de Michael Jackson, no quarto, na cama onde Michael Jackson dormia." Essa declaração feita por Feldman é apenas meia-verdade. Sim, MJ passava um tempo excessivo com Jordie e comprou presentes caros para sua mãe, June. Mas isso é porque ele os considerava amigos, enquanto sua relação com os Arvizo era estritamente negócios. MJ iniciou sua relação com os Chandlers convidando-os a Neverland no seu retorno da turnê Dangerous, enquanto os Arvizo pediram seu encontro com MJ devido ao câncer de Gavin, e se não fosse pelo câncer, eles não teriam se encontrado com MJ. Ponto. MJ convidava os Chandlers para ir com ele ao redor do mundo, enquanto os Arvizo visitaram Neverland poucas vezes, começando um pouco depois de agosto de 2000 (quando MJ começou a ligar para Gavin no hospital) e não retornando mais em setembro de 2002. MJ ficava sozinho com Jordie em inúmeras ocasiões, mas NUNCA ficou sozinho com Gavin, já que ele estava sempre com seu irmão, e mais importante, MJ estava sempre com seus seguranças e funcionários ao alcance em Neverland. O maior erro nessa declaração é a dedução de que os "dois" garotos dormiam na cama com MJ. Apesar de ele não ter dito explicitamente que Gavin dormia na cama com MJ, ele certamente o insinuou não o negando. Então vamos esclarecer isso agora: Michael Jackson não dormia na cama com Gavin! Ele e seu segurança dormiam no chão!

2. "Nesse caso, o menino, só para refrescar suas memórias, foi mandado ao Children's Services através de um psiquiatra a quem ele havia relatado o abuso. O Chidren's Services, como a maioria de vocês deve saber, isso é um relato confidencial, quando alguém relata abuso sexual, psiquiatras são exigidos por lei a denunciar. E lá era pra ficar supostamente, totalmente, 100% confidencial. Alguém ficou sabendo e vazou para a imprensa, então a imprensa ficou sabendo na época em que não havia nenhum advogado envolvido." A ideia mais errônea a respeito do caso de 1993 é que as pessoas acham que Evan Chandler ligou para a polícia para denunciar o abuso, quando na verdade ele levou Jordie para ver o psiquiatra Dr. Mathis Abrams para que ele notificasse as autoridades! Por favor, leia a parte 2 do meu artigo sobre os acordos para ver as falas exatas de Evan no dia em que ele perdeu a custódia de Jordie para June. A respeito do relato "confidencial" do Children's Services, ele foi supostamente vazado a Diane Dimond e a Steve Doran, produtor do Hard Copy. Aqui está a explicação dela sobre como obteve o relato (e, claro, não devemos levar muito a sério) na página 2 de "Be Careful Who You Love":

“Então, por que o departamento de polícia de Los Angeles tinha entrado no rancho Neverland e em um apartamento que ele possuía em Los Angeles? O que eles estavam procurando enquanto levavam inúmeras caixas com rótulos escritos ‘evidência’?
Naturalmente, repórteres de todo o mundo queriam a resposta para essas questões, mas eu, sozinha, recebi a primeira pista. As mesmas notícias do dia sobre a invasão fizeram uma fonte confidencial ligar para o meu produtor de Hard Copy, Steve Doran, e sugerir um encontro para que nós pudéssemos ver alguns documentos que prometiam clarear a história. Nós concordamos em encontrá-lo imediatamente em um pequeno restaurante italiano próximo à praia de Santa Monica.
Aqueles documentos revelaram que Michael Jackson, ídolo de milhões de jovens em todo o mundo, estava sendo acusado de ter molestado repetidamente um jovem garoto. Era quase incrível demais para se acreditar. Eu mal tinha percebido que sendo a linha de frente daquela história, eu continuaria na linha de frente da história de Jackson por anos.”

3. O jovem, nesse caso de 93, havia dado uma declaração inacreditavelmente detalhada sobre seu relacionamento com Michael Jackson, como começou, como a parte sexual começou. Ele detalhou muito bem o começo do relacionamento, como ele passou a ser uma atividade mais física com Michael Jackson, como começaram as carícias, como começou o sexo oral, como começou a masturbação. E ele deu essa história inteira excelentemente detalhada. Bem, Larry, só porque a descrição de Jordie era "inacreditavelmente detalhada", não significa que é verdade! E só por ser explícita, não significa que é verdade! A mídia geralmente a descreve como "explícita" (como se tivessem alguma relevância para validá-la!), e estou surpreso que Feldman não tenha usado esse termo aqui! Também estou surpreso que ele não tenha chamado a declaração de depoimento, sendo meramente uma declaração.

Quanto a ser explicita, não dúvido que tenha sido explicita, afinal, Jordan escreveu o filme “Robin Hood: Man in tighs”, um filme recheado de piadinhas sexuais.
  Aqui uma reportagem que fala do filme de sido escrito por Jordan e Evan:




Foi ideia dele escrever esse livro depois de ter se inspirado em "Robin Hood: Prince of Thieves" (e o próprio Evan confirmou em um vídeo).

E enquanto estamos no assunto sobre o testemunho de Jordie à polícia, lembremos que sua descrição das partes íntimas de MJ não bateu! Para mais informações, leia:

http://theuntoldsideofthestorymj.blogspot.com.br/2012/03/o-desenho-da-genitalia-de-michael-feito_22.html



4. "o promotor na época, Gil Garcetti, porque as alegações primárias haviam sido em Los Angeles, estava muito satisfeito em nos ver levando o caso para o lado civil, e feliz em nos ver ir em frente, liderar, ver sobre o que o caso se tratava, ter acesso a todas nossas descobertas, e depois decidir se ele queria abrir um processo no caso."

Na parte 1 do meu artigo a respeito dos acordos de MJ, falei sobre o fato de que Garcetti e Sneddon poderiam ter assistido ao julgamento civil de MJ como espectadores em um jogo de futebol, anotando todas as evidências de inocência, e procurando maneiras de contorná-las. Por isso admissão de Feldman de que Garcetti estava "satisfeito" em vê-lo liderar o caso civil, porque assim ele teria acesso a todas as descobertas, e só assim ele decidiria se queria ou não abrir um processo criminal. (Descoberta são "dados ou materiais que uma parte em um procedimento legal deve revelar a outra parte antes ou durante o procedimento" ex.: evidência.) O que é impressionante para mim é que com seu acesso a todas as descobertas de Feldman, que ele e Sneddon AINDA ASSIM tentaram processar MJ depois que as fotos mostraram que a descrição de Jordie era a antítese da verdadeira descrição de MJ! Essa é uma indicação de suas naturezas vingativas, e eles deveriam ter imediatamente encerrado o caso ao receberem aquelas fotos. Mas, ao contrário, eles teimosamente deixaram o caso "aberto porém inativo", mesmo depois que dois júris populares se negaram a acusar MJ.

5. "O promotor de Santa Barbar insistiu que o caso criminal viesse antes e que não houvesse caso civil, e que o lado civil do caso ficasse de lado." e "Como esse caso seria conduzido era escolha do promotor, enquanto no segundo caso, tive controle total." Sneddon não queria que o caso fosse atacado como sendo “por dinheiro apenas” como no caso de 1993, o que de fato era. Janet Arvizo e seu primeiro advogado Bill Dickerman claramente tinham cifrões em mente quando ela se encontrou com Feldman em maio de 2003 com a esperança de conseguir outro acordo multimilionário. (Dickerman fez um acordo com Feldman de que ele ganharia uma porcentagem sobre a verba de qualquer acordo como um "bônus por orientação".) Também era interessante para Larry Feldman que assim ocorresse, pois se houvesse uma condenação no processo criminal, não haveria necessidade de discutir a culpa no processo civil, apenas exigir a indenização. Feldman sabia que a história dos Arvizos era absurda, mas resolveu apostar que o Estado conseguiria condenar Michael. No julgamento de 2005, Mesereau o confrontou com essa questão, mas claro, ele negou. Veja aqui nesete capítulo do Livro Conspiracy:

O que ele tinha a perder. Então, Janet Arvizo foi forçada a tentar uma acusação através de um julgamento criminal antes de poder tentar um grande dia de pagamento, e todos sabemos o quão certo deu pra ela! A ironia é que Janet ainda poderia ter aberto um processo civil depois do julgamento, mas que advogado são a representaria?

6. "Fizeram uma pesquisa, nunca me esquecerei disso, o Gallup Poll fez uma pesquisa sobre Michael Jackson e quantas pessoas sabiam do caso e das alegações, e 98% dos que participaram havia ouvido sobre o caso. Uns 65%, 66% das pessoas acreditavam que Michael Jackson era mesmo inocente, e 12% acreditavam que ele havia feito aquilo com o menino." Prestem atenção, porque a mídia tem maneiras muito sutis de usar estatísticas como essa para fazer Michael parecer culpado. Apesar de no exemplo de Feldman a maioria dos participantes acreditarem que MJ era inocente, essa pesquisa foi feita ANTES do acordo, e aquelas estatísticas logo mudaram depois do acordo, e a mídia tem usado esse argumento "ad populum" em cima de MJ desde então. Um argumento ad populum é um argumento enganador que conclui que “uma proposição deve ser verdadeira porque a maioria das pessoas acredita nela."

Aqui vai um grande exemplo de um argumento ad populum: imagine se alguém dissesse a Cristóvão Colombo que porque a maioria da população acredita que a Terra é plana, então ela realmente é plana, e não há utilidade nele ir em sua pequena viagem! Obviamente, Colombo quis desafiar o consenso geral e provar que o mundo estava errado. E ele alcançou seu objetivo! Aqui vai um exemplo de um artigo recente de Charles Thomson que diz como a mídia usou as estatísticas ad populum depois do fim do julgamento de MJ para tentar enfraquecer sua liberação:

"Uma pesquisa conduzida pela Gallup horas após o veredito mostrou que 54% dos americanos brancos e 48% da população em geral discordava da decisão do júri em inocentá-lo. A pesquisa também também descobriu que 62% das pessoas achavam que o status de celebridade de Jackson foi conveniente nos vereditos. 34% disseram estar "entristecidos" com o veredito e 24% se disseram "horrorizados". Em uma enquete da Fox News, 37% dos que votaram disseram que o veredito estava "errado", enquanto que 25% disseram que celebridades compram a justiça. Uma pesquisa feita pela People Weekly disse que uma assombrosa parcela de 88% dos leitores discordavam da decisão do júri."

Aqui vai um exemplo de Sneddon usando um argumento ad populum durante sua coletiva de imprensa em 18 de novembro de 2003 (http://mjtruthnow.com/2009/11/the-prosecution/), às 19:52. Um repórter perguntou a ele se MJ "comprou sua liberdade" no caso de 1993, e ele respondeu com "Acho que o público tem a sensação de que ele fez isso!" Ao usar a palavra "público", ele sugere que, já que a maioria do público acredita que MJ "comprou sua liberdade", ele realmente comprou sua liberdade. É isso aí, Sneddon! Essa é uma boa maneira se desviar de uma pergunta fácil!

Para mais exemplos de alguns dos truques que a mídia usa para espancar MJ, tais como fazer perguntas "carregadas" ou usar argumentos "ad hominem".
7. "E como eu assistia na TV, boquiaberto, pessoas que eram advogados proeminentes de verdade, no Today Show, na ABC, falando sobre o caso de Michael Jackson, e eles não tinham ideia nenhuma a respeito dos verdadeiros fatos, do que eles estavam falando, exceto que estavam falando, e eles estavam muito felizes por estarem falando." Não há muito que eu possa dizer aqui, hein? Sabemos como a mídia funciona: eles contratam especialistas para ir à TV falar e entreter seus espectadores. E foi exatamente isso que fizeram com MJ. Não há nada que possamos fazer para fazê-los parar de transmitir suas opiniões inúteis, mas há muito que podemos fazer para contestá-los!

8. "Ele era alguém que nessas coletivas de imprensa estava admitindo que Michael Jackson dormia com crianças, com menininhos. Então para o advogado de um reclamante, como eu era; geralmente, sabe, é muita munição que você tem. E a questão é: "Como usar isso de maneira efetiva?" Nessa fala, Feldman explica como, como advogado do reclamante, ele deveria usar as admissões de Pellicano contra MJ. Pellicano escolheu informar que MJ dormia na mesma cama com crianças com as quais não tinha parentesco e usar isso como um ataque preventivo para que Feldman não pudesse usar a mesma informação e distorcê-la em algo sexual ou errado. Mas, ao fazer isso, Pellicano deu a Feldman uma oportunidade de, ainda assim, condenar MJ no tribunal da opinião pública, pois Feldman poderia ter distorcido (e provavelmente o fez) de qualquer forma. E, já que o público em geral não sabia na época que Michael dividia sua cama, a reação geral foi de desconfiança. Esse é um dos resultados de seu advogado revelar sua estratégia de defesa prematuramente, como Geragos fez em 2003, quando disse que MJ tinha um álibi “irrefutável” e como resultado, Sneddon reajustou as datas em que o suposto abuso teria acontecido para contradizer o álibi de MJ.

9. "Geraldo, lembram-se de Geraldo? Isso é muito velho. Quando Geraldo fez um julgamento de piada onde eles estão julgando Michael Jackson, foi na época que entrei para o caso, eis que ele ganha o caso.” No outono de 1993, Geraldo Rivera conduziu um "julgamento de brincadeira" de MJ em seu programa de TV, onde a plateia que estava no estúdio podia votar na culpa ou inocência de MJ. Uma mãe e sua filha doente estavam no assento da testemunha e foram "interrogadas" pelo promotor. Não tenho o vídeo desse episódio, mas Ian Halperin transcreveu parte em "Unmasked", nas páginas 109-112.
 Não vou digitar o trecho todo, mas destacarei alguns postos-chave:

A mãe, Carol Nilwicki, e sua filha doente, Carol, haviam tentado comprar ingressos para um show de MJ em 1987, mas já haviam esgotado. (Que surpresa, hein?) Então, elas gravaram uma fita de vídeo implorando a MJ que ele as mandasse ingressos. Então, mandaram o vídeo para Neverland, MJ as chamou e ofereceu ingressos, e ficou amigo de toda a família! Carol fez questão de enfatizar que MJ pediu a permissão dela e do marido dela antes de falar com a filha deles. Depois, a promotoria perguntou à mãe se ela deixaria qualquer outro homem de 35 anos ficar amigo de sua filha, e ela apontou algo muito valioso que eu preciso enfatizar aqui. Ela disse o seguinte: "Você deve perceber algo. Nós fomos atrás de Michael Jackson. Ele não foi atrás de minha filha." Desnecessário dizer, a plateia votou em inocentar MJ aquela noite!

10. "e tendo acontecido ou não, a vida deles depende disso, e não é só pelo dinheiro." Não é pelo dinheiro, Feldman? Bobagem!! Se não é pelo dinheiro, então por que tanto Evan Chandler quanto Janet Arvizo procuraram pelos seus serviços? Certamente, não era pra conseguir justiça, porque se eles quisessem isso não teriam entrado em contato com você ou com qualquer outro advogado civil! Vamos ouvir diretamente de fonte segura para ver o que teve prioridade. dinheiro ou justiça. Na página 167 de "All That Glitters", está Ray Chandler descrevendo a agonizante decisão que June, Evan, e Dave Schwartz tiveram que tomar ao escolher Feldman em vez de Gloria Allred:

No fim da reunião, June e Dave, assim como Evan antes deles, não tinham dúvidas em trocar Gloria Allred por Larry Feldman. A escolha veio entre agitar uma campanha através da mídia para pressionar o promotor a conseguir o indiciamento através de um júri popular ou conduzir negociações sutis, por trás da cortinas, para um rápido e discreto e muito lucrativo acordo. Para evitar o trauma que um longo processo penal ou civil causaria a toda a família, principalmente a Jordie, havia um acéfalo.

Ah, mais uma coisa, Larry: já que você diz que "não é pelo dinheiro", então por que se negou a dar a Dave Schwartz os 4 milhões de dólares do acordo que ele pediu? Da página 167:

Conforme a reunião se aproximava, tudo o que sobrou era assinar o contrato de honorários advocatícios com Larry. Antecipando um acordo enorme, Dave presumiu que Larry receberia menos que os 25% padrão do que deixaria passar a oportunidade, então ele passou a negociar um honorário menor.

Larry educadamente explicou que seus honorários não eram fora do comum e tentou dar a Dave uma ideia da quantidade de trabalho envolvida no caso de o caso ir a julgamento. Mas Dave estava inflexível. Ele ficou grosseiro e agressivo, exigindo que Larry negociasse. Dave também ficou irritado com todos os outros advogados porque eles o disseram que se houvesse um acordo, ele não seria incluído.

Larry continuou calmo. Ele informou a Dave, mais uma vez, que por ele não ser nem pai biológico nem adotivo de Jordie, não tinha exigências legais para que pudesse ser incluído na queixa de Jordie. Mas Dave ficava mais irracional cada vez que os advogados o explicavam por que não era possível. Ele não ligou nem um pouco para as leis e continuava pedindo dinheiro. Quatro milhões de dólares, para ser preciso. A mesma quantia, de acordo com June, que ele tentou pedir emprestada a Michael.

Como você pôde ser tão ganancioso, Larry? Não é como se você fosse gastar estes 4 milhões de dólares extras de uma vez só!

E uma última coisa, Larry: obrigado por meio que ter provido uma análise inocentando ao ter dito “tendo acontecido ou não", porque, devo admitir, você defendeu mais MJ do que Carl Douglas! Chegaremos a ele na próxima parte dessas séries.

11. "haverá pessoas que acreditam ser verdade não importa o veredito, e acreditam ser mentira não importa o veredito. E tudo o que você terá no final do caso civil é, talvez, dinheiro." É por isso que eu pessoalmente acredito que abrir um processo civil era a coisa certa a se fazer, porque, mesmo que MJ certamente ganharia o julgamento civil, o veredito teria sido desprezado exatamente pela razão que Feldman disse: as pessoas que pré-julgaram MJ como culpado (que infestam completamente a mídia) diriam que sua celebridade o livrou, que a promotoria trabalhou mal no caso, etc. Então é claro que a decisão fácil dos Chandler era conseguir dinheiro através de um julgamento civil, especialmente porque eles sabiam que não podiam provar algo que nunca aconteceu!

12. "se devem pedir dinheiro de Michael Jackson, ou não fazer nada além de tentar um rápido acordo." Nessa fala, Feldman discute as opções de Janet Arvizo ao considerar como lidar com o tão falado abuso sofrido por Gavin, e claro que todos sabemos qual escolha ela fez!

Também deve ser destacado que em 25 de maio de 2004, Feldman e Janet decidiram tentar processar o Department of Children's Services depois que o laudo deles que exonerava MJ totalmente vazou logo depois de sua prisão. Por que eles esperavam quase 6 meses depois do vazamento do laudo para ameaçarem tomar providências legais? MJ foi acusado em 21 de abril de 2004, e naquele momento eles sabiam que o caso criminal iria a julgamento. E tenho certeza que eles tinham tão pouca fé em seu caso que decidiram processar DCFS como um "plano B" (já que perder o caso criminal destruiria suas chances de ganhar um caso civil.) Qualquer coisa por dinheiro, certo, Larry?

13. "se algo aconteceu...." Nossa, Larry, você não parece muito confiante na história de Jordie, não é? Mas, mais uma vez, obrigado por, pelo menos parcialmente, defender MJ, mesmo que não tenha sido intencional. Você fez mais por MJ do que Carl Douglas!

14. "então entramos com uma moção logo para conseguir um julgamento rápido." E “havia um caso criminal por trás do civil, e tiveram que defendê-lo preocupando-se com os direitos da Quinta Emenda." Foi aqui que Feldman literalmente ganhou sua extorsão em cima de MJ. Ao fazer algumas manobras legais sofisticadas, ele pôde dar passo sem precedentes de fazer o julgamento civil de Jordie ocorrer antes da disposição do caso criminal. E a razão disso ser sem precedentes é porque com que frequência casos de abuso infantil são resolvidos no tribunal civil ANTES do julgamento criminal, ou em simplesmente em um tribunal civil? Estou feliz que Feldman mais uma vez tenha defendido as ações de MJ dizendo "com todo o merecido respeito a eles" (equipe de defesa de MJ), e depois admitir que o caso criminal era muito mais importante que o caso civil. E ele confirma aquilo que escrevi em meu artigo sobre acordos: ninguém deveria ser colocado na posição de ter que testemunhar em um caso civil que pode ser usado contra ele próprio em um caso criminal! Nas páginas 160-161, o advogado Robert Shapiro aconselha Evan Chandler a respeito dos benefícios de processar MJ primeiro:

Se o júri não chegar a um veredito, claro, poderia-se tentar de novo, mas o tempo passa. O risco real é se houver liberação. Nesse caso, prevalecer em um processo civil depois se torna uma verdadeira batalha íngreme.

Agora a sua alternativa é abrir um processo civil primeiro. E a primeira coisa que faríamos seria agendar uma acusação contra Michael Jackson, colocando-o em uma posição extremamente desconfortável porque qualquer coisa que ele disser poderá ser usada contra ele em um caso criminal. E se ele utilizar a Quinta Emenda para evitar isso, [NEGRITO][SUB]isso poderia ser usado contra ele em seu caso civil. Então, imediatamente, ele estará em uma situação muito ruim.

Mas há uma terceira alternativa. Se fôssemos para o outro lado e disséssemos "Ouça, um julgamento contra Michael Jackson é um desastre, ele não pode ganhar. Porque mesmo que ele seja inocentado, quando o público ouvir o que esse menino tem a dizer, você não terá apoio, não terá contratos, você estará quase acabado". Se dissermos isso, creio que teremos o controle da situação, teremos poder.

Porém, se essa questão for longe demais e alguém começar a gritar que deve haver um júri popular ou que a promotoria não está lidando corretamente com isso, aí perdemos todo o controle. Garcetti terá que ir para um júri popular, mesmo que ele não queira. E se o júri popular retorna a denúncia de um caso, a promotoria não vence, especialmente contra um super-astro, então, estamos todos ferrados.

Aqui há um artigo que inclui um comentário surpreendente de Feldman, que mostra quanta "fé" ele tinha que a história de Jordie fosse acreditável o suficiente para conseguir uma acusação contra MJ:




“O advogado de Jackson, Bert Fields, jogou uma bomba durante a audição, afirmando que um júri popular de Santa Barbara havia sido listado e foi fechado para acusar seu cliente.

‘Um júri popular já foi convocado em Santa Barbara e em breve pegarão as evidências.’ Fields disse. ‘E isso significa que teremos uma decisão de acusação muito em breve.’

Mas Fields depois voltou atrás do lado de fora do tribunal, dizendo que o promotor só havia emitido intimações para duas testemunhas, e um júri popular não havia sido incluído. Uma discussão hostil entre Weitzman, advogado criminal de Jackson, e repórteres se sucedeu quando Weitzman disse que Fields ‘cometeu um erro’ durante a audição.

Larry Feldman, advogado do garoto de 13 anos, disse à Côrte que o caso civil poderia ser atrasado se o caso criminal fosse em frente. ‘Não sei se sequer haverá uma acusação’, Feldman disse. ‘O caso pode ficar em aberto por 6 anos’.

Feldman disse que seu cliente ficaria satisfeito com os avanços da audiência de terça-feira. ‘Essa é a primeira boa notícia que ele recebeu’, disse ele.”

Então Larry, você está tentando dizer que, apesar do fato de Jordie ter dado um testemunho tão "explícito" e uma descrição "exata" do pênis de MJ, você não sabe se haverá uma acusação? Você só pode estar brincando!!

15. “E quase não importou se ganhamos ou perdemos, o fato é que estávamos nos nivelando com todas essas coisas.” Você está certo, Larry. Não importa se vocês ganharam ou perderam, porque, de qualquer forma, seus clientes Evan e Jordie Chandler não têm que se preocupar em ir para a cadeia. Jordie era menor na época, e estava sendo usado como um fantoche para ajudar seu pai a arrancar uma das extorsões mais infames do mundo, enquanto Evan prestou atenção ao conselho de Barry Rothman e conseguiu que um psicólogo reportasse o abuso para evitar ser acusado de fazer uma falsa denúncia à polícia!

16. "Johnnie e eu temos uma longa história. Tive o privilégio de representá-lo muitas vezes em sua vida, e podíamos confiar um no outro com a ajuda de três juízes que fizeram um acordo muito secreto, e nós conseguimos no fim fazer um acordo no caso, e trabalhar com todos os problemas e detalhes para o benefício deles. E eles confiaram em mim, eu confiei neles, e deu para fazer o acordo." Esse é um comentário muito assustador porque te faz pensar em quão honestos poderiam ser Johnnie Cochran e Carl Douglas se eles têm "uma longa história" com Feldman? E essa fala traz à tona um elemento crucial em negociações de acordos: o fato de que esses três juízes (um deles sendo representante legal de Jordie) tiveram um papel vital no processo. Um de nossos coadministradores escreverá um post a respeito em breve, e explicará o significado do papel que o representante legal tinha.

17. "você tinha um promotor que não estava fazendo nada agressivamente. Não era difícil para ele tomar uma decisão de que ele já estava saturado e não queria mais seguir em frente." Que raios você quer dizer com o promotor "não estava fazendo nada agressivamente"? Como você chama ir literalmente à frente do poder legislativo da Califórnia e pedir que eles retroativamente criem uma emenda na lei que os permitiria forçar Jordie testemunhas contra MJ?
Leia o artigo Officials desperate to nail Michael Jackson deste fórum:


 E a segurança com certeza não era um problema, já que Sneddon e Garcetti teriam contratado o Serviço Secreto para proteger os Chandlers se quisessem! Feldman estava jogando o jogo da culpa aqui, assim como os Chandlers fizeram ao dizer que não foi culpa deles que Jordie não ia testemunhar, quando na verdade eles não tinham nenhuma intenção de testemunhar!


  

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