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O Caso de Sneddon Contra Michael Jackson Era Besteira: Matt Taibbi – Rolling Stones

O Caso de Sneddon Contra Michael Jackson Era Besteira: Matt Taibbi – Rolling Stones


13 de junho de 2011

Traduzido por Daniela Ferreira para o blog O Lado Não Contado da História

Trecho de "A Nação no Espelho" Matt Taibbi, Rolling Stone. Iss. 977/978 New York:


Ostensivamente uma história sobre trazer um abusador de criança à justiça, julgamento de Michael Jackson foi, na verdade, uma espécie de desfile de regresso à casa de insípidos tipos americanos malandros, otários e planejadores sem talento, atolados em desemprego, quer direta... ou não, com carreiras fictícias da era da informação, à procura de dinheiro de qualquer maneira que pudessem. O Mestre de Cerimônias do processo foi o promotor Tom Sneddon, cujo papel metafórico neste reality show americano foi  representar o  medíocre coração cinzento da Maioria Silenciosa Nixonian – a amarga  coceira da mediocridade  a grudar em qualquer um que já tinha tido um período de férias em Paris. O primeiro mês, ou assim, do julgamento caracterizou talvez a coleção mais comprometida de testemunhas de acusação já montada em um caso criminal americano – quase a um grupo de mentirosos condenados, vendedores ambulantes de fofocas pagos ou pior. As primeiras testemunhas contra Jackson incluíam um guarda-costas, que perdeu o tribunal, porque ele estava sob custódia enfrentando acusações decorrentes de uma série de assaltos à mão armada, inclusive segurando um Jack in the Box com uma arma, uma ex-empregada de Neverland, que tinha roubado um esboço que Jackson tinha feito de Elvis Presley e vendeu para os tabloides por trinta mil dólares, outro ex-funcionário que tinha perdido uma ação por demissão injusta contra Jackson e teve que pagar parte de um acordo de 1,4 milhão dólares como resultado.

E, então, havia a figura chave n caso, a mãe do acusador, que teve que reclamar a Quinta Emenda, no primeiro dia do depoimento dela para evitar o interrogatório sobre a alegação de fraude contra o sistema assistencial – uma testemunha tão completamente cheia de merda que os próprios assistentes de Sneddon se encolheram abertamente durante a maior parte dos cincos dias de depoimentos dela. Nas próximas seis semanas, praticamente todas as peças do caso dele implodiram em audiência pública, e o drama chefe do julgamento rapidamente se transformou em uma corrida para ver se o DA conseguiu colocar todas as testemunhas dele no banco sem ter qualquer um deles removido do tribunal em algemas.

obsessão de Sneddon por Jackson era uma vingança baseada na fé tão cega e desesperada como o "caso" de George W. Bush contra Saddam Hussein. Se Ahmad Chalabi tivesse ido a Neverland alguma dia, Sneddon o teria colocado no stand também.

O caso dele eram asneiras. Califórnia contra Jackson acabou por ser, basicamente, um conto de uma família de malandros de baixa renda, que tentaram estabelecer uma acusação criminal de abuso sexual contra uma celebridade rica como um prelúdio de uma ação civil.




1 comentários »

  • Rosane said:  

    O nome Sneddon me dá arrepios!

  • Sesini duyur!

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