, ,

Lei racista contra Michael Jackson: mais uma tentativa sórdida de Sneddon


O arquivo do FBI revela tentativa de condenar Jackson com Lei Racista

 

  

 

Traduzido por Daniela Ferreira

 

 

Documentos contidos no arquivo do FBI sobre Michael Jackson mostram que a polícia de Los Angeles tentou processar a estrela sob a mesma legislação utilizada no passado para manchar black luminaries como Jack Johnson e Chuck Berry. 

 




Lê-se no trecho retirado do arquivo do FBI, acima:

 

“Em 7 de setembro de 1993....... O Departamento de Polícia de Los Angeles contatou o Promotor do Estado.... inquirindo se o FBI estaria interessado em trabalhar uma possível violação federal contra Jackson referente e transportar um menor através das fronteiras do estado para propósito imoral, (Lei Mann). Ele aconselhou que uma reunião fosse agendada pra 10/09/1993, às 10:00 da manhã no escritório do Promotor Distrital de Los Angeles, 310 Wets Temple, 17º andar.
Em 7 de setembro de 1993, o Advogado do Estado contatou a Promotora dos Estados Unidos, Patricia Donahue, (213) 8494-0640 perguntando se ela gostaria de comparecer à reunião. Em 8 de setembro de 1993, a AUSA Donahue avisou que ela checou com o escritório principal dela e eles decidiram que o Advogado dos Estados Unidos não estava interessado em processar Michael Jackson por uma violação da Lei Mann. Ela também indicou que ela não estaria interessa em comparecer à reunião no escritório de Promotor Distrital.”
 

 
Nota da tradutora: O ato que, supostamente, teria violado a racista Lei Mann foi Michael ter viajado de trem na companhia de crianças. Ninguém viu nada de errado ocorrer, mas o Promotor Distrital, Tom Sneddon, queria usar a Lei Mann para processá-lo apenas por ter cruzado a fronteira com um menor. O fim imoral a que a lei se refere, fica por conta da imaginação de Sneddon.
 

A Lei Mann, também conhecida como a "Lei de escravidão branca", foi introduzida em 1910. Permitindo que policiais fizessem prisões na premissa vaga de "comportamento imoral", a lei foi frequentemente usada para machar homens negros, particularmente aqueles que se uniam a mulheres brancas. 

Jack Johnson, o primeiro negro Campeão Mundial Pesopesado de Boxe, foi a primeira pessoa a ser processada sob a lei. Na verdade, Geoffrey C. Ward escreve no livro dele "Unforgivable Blackness" livro que o potencial de macular Johnson havia sido um dos principais fatores que motivaram a introdução da lei. 

Johnson foi visto pela imprensa e o establishment como um homem negro que não sabia o lugar dele. Não apenas Johnson foi um negro campeão do mundo mais de 50 anos antes que a segregação fosse levantada, mas ele ostentava o sucesso dele em uma sociedade que exigia que ele fosse humilde. Ele usava roupas caras e jóias e investia o dinheiro dele em uma frota de automóveis de luxo, um passatempo pelo qual ele foi repetidamente punido por policiais brancos que aplicavam imerecidas multas a ele por alta velocidade. 

Mas o que irritou o estabilishment mais que qualquer coisa foi que Johnson convivia com mulheres brancas. Johnson foi muitas vezes acompanhado nas viagens dele por prostitutas, mas assim que era com a maioria dos contemporâneos brancos dele.

Em 1913, Johnson foi processado sob a Lei Mann por "transporte de uma mulher para o outro lado da fronteira do estado para fins imorais". Nenhum dos contemporâneos brancos dele que também viajaram com prostitutas foram presos ou acusados ​​de crimes semelhates. 

A supostas vítimas de Johnson viajaram com ele de boa vontade e admitiram isso sob juramento. Além disso, as viagens em questão tinham ocorrido muito antes da Lei Mann ser introduzida. No entanto, um júri todo branco o condenou independentemente disso. 

Anos mais tarde, a Lei Mann também foi usada para sabotar a carreira do músico negro Chuck Berry. 

Em 1959, Berry encontrou uma garçonete de 14 anos em El Paso e pediu-lhe para trabalhar como chapekeira no restaurante dele. A menina concordou e ele a levou de El Paso para St Louis de carro no caminho dele de volta de um concerto.

Nessa premissa frágil Berry foi preso por "transportar uma garota menor de idade para fins imorais". Ele foi condenado sob a Lei de Mann e condenado a três anos de prisão. 

Nota da tradutora: de nada importou, para o júri, a garota ter dito que nada aconteceu entre ela e o músico durante a viagem.

No mesmo ano, o imitador branco de Berry, Elvis Presley, começou abertamente a namoro Priscilla Beaulieu, uma menina de 14 anos. Além disso, a biografia de Scotty Moore de Presley afirma que, antes do envolvimento dele com Beaulieu, a estrela estava namorando uma menina ainda mais jovem. 

Logo, em 1913, a Lei Mann foi utilizada para condenar um boxeador negro, cujo único "crime" foi o de entrar no mesmo comportamento que os contemporâneos brancos dele. Mais tarde, em 1959, a Lei Mann foi usada para processar um músico negro por dar um emprego para uma garota menor de idade, enquanto o contemporâneo branco dle repetidamente dormia com meninas menores de idade e não foi punido.

A Lei de Mann é uma lei intrinsecamente racista. Embora não tenha sido utilizada apenas para processar afro-americanos, a prisão potencial de Jack Johnson foi o principal fator motivador por trás da introdução dela e, desde então, tem sido repetidamente usada para condenar os homens negros por crimes que não cometeram. 

Que Jackson também tenha sido alvejado sob a Lei de Mann é certamente intrigante e só reforça o argumento de que ele foi alvo de uma acusação maliciosa por conta da raça dele. De certa forma, isso mostra que pouco mudou desde os dias de Jack Johnson. A decisão do Advogado dos Estados Unidos de não processar Jackson sob a Lei de Mann poderia ser vista como um sinal de progresso, mas a decisão da polícia de Los Angeles de perseguir Jackson, em primeiro lugardada a enorme abundância de evidências sugerindo a inocência dele – permanece preocupante. 

Que Jackson não tenha sido atropelado uma vez que ele entrou na sala de audiências é outro indicador de progresso. É claro, que as acusações de 2003 contra Jackson tenham até mesmo chegado a um tribunal foi a prova, em si, de que Jackson fou injustamente punido – as acusações eram sem sentido e os acusadores dele foram provados vigaristasmas enquanto Johnson foi considerado culpado de crimes que patentemente não cometeu, o júri de Jackson, no mínimo, tomou a decisão certa. 

No caso de Jackson, foi apenas a mídia que decidiu que ele era culpado.
 
 

Nota da tradutora: Isso me lembra de duas coisas – Michael parado por um policial porque ele estava dirigindo um Rolls Royce, quando a pele dele ainda era escura; e outra, a fiança fixada para ele em 2003 foi no valor de 3 milhões, quando não podia passar de 70 mil dólares. Embora a Constituição Americana proíba que a fiança seja fixada com base no patrimônio do réu, os juiz a manteve, acatando os argumentos ridículos da promotoria de que 70 mil dólares não significava nada para Michael e que. O juiz Melville disse que, apesar de reconhecer a inconstitucionalidade da fiança aplicada, a manteria, porque Michael Jackson pagou sem reclamar – o que ele esperava? Que ele pagasse chorando? – e ainda disse que, como Michael Jackson não tinha faltado a nenhuma audiência, ele acreditava que o alto valor da fiança tinha surtido o efeito esperado. Ou seja, ele deveria ser punido por fazer o que era certo? É ou não é uma “justiça” fundada nas diferenças de raça? Estavam ou não tentando, coloca-lo no “lugar dele”? Não bastasse, em 2012 a rede globo, ao falar do lançamento de um documentário sobre Michael afirmou que ele pagou milhões de dólares para não ficar preso em 2004, insinuando que foi um pagamento sujo. Não se deram ao trabalho de pesquisar para saber que se tratava de fiança. E por aí vai...

 

 

Devamını oku...