,

Caso Chandler-parte 2 "O Plano..."


O Plano



Voltemos a nossa pergunta: se jamais presenciou um gesto malicioso, lascivo, da parte de Jackson, por que Evan Chandler passou a acreditar que Michael molestava Jordan?
Importante ressaltar que Jordan jamais fizera uma queixa contra Michael até ficar sob o domínio do pai e afastado do restante de sua família. Quando questionado sobre se Michael o havia tocado, ou se já tinham se visto nus, Jordan negou reiteradas vezes e mostrou-se aborrecido com as perguntas.


É compreensível que crianças muito pequenas se calem em relação a este tipo de violência. É natural que elas não saibam como agir. Mais complexa é a situação quando o agressor é um membro da família, quando é o próprio pai, pois a criança se sente desamparada. Mas Jordan não era uma criancinha. Era um adolescente de 13 anos, inteligente, esperto, capaz de escrever um roteiro de cinema, recheado de piadinhas sexuais. E Michael não era um membro de sua família. Então, por que o garoto suportaria qualquer abuso calado?
Depois da semana em que Michel se hospedou na casa de Evan, a convite do próprio, Evan Chandler começou a falar mais abertamente de suas “suspeitas”, embora ele sempre tenha afirmado que NADA inapropriado aconteceu durante aquela estadia.
Aos poucos, Evan foi tomando medidas no intuito de afastar Jordan de Michael e de June. Entre elas, exigiu que a ex-mulher assinasse um documento onde se comprometia a não tirar Jordan de Los Angeles. Ora, Neverland fica em Los Olivos, Santa Maria, município de Santa Bárbara, assim sendo, Jordan não poderia ir nem sequer a Neverland, sem autorização de Evan.
Depois de conseguir que Jordan passasse um fim de semana com ele, como visita, Evan se recusou a levar o menino de volta para June e por isso ela o processou. Os dois entraram em uma batalha judicial ferrenha pela custódia, mas Evan nunca disse ao juiz daquela causa que havia suspeita de abuso sexual. Por que não? Não seria a coisa mais sensata para um pai fazer? Bem, Evan não disse nada e perdeu a causa e a ordem judicial foi de que devolvesse a criança à mãe. Mas ele já tinha um plano traçado.
Instruído pelo advogado Barry Rothman, Evan levou Jordan ao psiquiatra, Mathis Abrams, que acabou denunciando Michael Jackson após ouvir a história muito duvidosa de Jordan. Ressalte-se que Abrams não é um especialista em abuso sexual infantil e nem mesmo é um pediatra. Ele também nunca teve a chance de examinar Michael Jackson nem voltou a ver Jordan Chandler. O médico foi apenas uma peça no tabuleiro. Ele tinha o dever de denunciar qualquer suspeita por mais absurda que fosse e assim o fez.
Antes de levar Jordan ao psiquiatra, porém, Evan já tinha conseguido um “laudo” médico de Abrams. Rothman ligou para o psiquiatra e por telefone contou-lhe uma história fictícia na base do “O que seria se isso estivesse acontecendo?” Com o laudo em mãos, Evan talvez devesse ter ido à polícia, não? Mas não foi o que ele fez. Ele procurou Michael e exigiu dinheiro. Evan nunca quis colocar Michael na prisão. Tudo que ele queria, desde o início, eram os vinte milhões de dólares.
Quando os Chandlers resolveram acusar Michael, alegaram que as relações sexuais ocorreram em Mônaco, durante a viagem para participar do WMA. Jordan estava na companhia de sua mãe, como sempre esteve. E por que razão o menino se calaria sobre um fato tão sério quanto este? Por que ele negaria quando questionado pelo investigador particular Antony Pellicano se Michael o tinha tocado?
Se Jordan jamais disse uma palavra contra Jackson e se os adultos que faziam parte da vida do garoto nunca viram nada de errado, o que levou às acusações de abuso sexual?
Junte ao ciúme de Evan, seu temperamento instável, sua ambição e desejo por se tornar uma roteirista de cinema, e encontrará a resposta para a pergunta.
Em 1991, Jordan teve uma ideia: fazer uma paródia sobre Robin Hood, e disse isso ao pai. Os dois entraram em contato com o Rei da Paródia, Mel Brooks, que aceitou produzir o roteiro escrito por pai e filho.
O Los Angeles Times publicou em 13 de junho de 1993:
Vocês todos já ouviram falar sobre médicos roteiristas. Bem, aqui vai uma novidade: dentista roteirista. Um dentista de Beverly Hills, Evan Chandler, o homem que foi contratado para cuidar dos dentes de Sherry Lansing, Christian Slater, Valéria Golino, entre outros, encontrou um novo paciente na cadeira, numa manhã, interessado em ouvir algumas ideias de seu filme. O paciente foi o roteirista J. David Shapiro, a ideia veio realmente de seu filho, então com 11 anos de idade Jordie Chandler. O filho de Evan Chandler se virou para o pai e disse: ‘Sabe o que seria uma grande ideia? Uma paródia de Robin Hood.’ O Rei das Paródias, Mel Brooks, gostou do roteiro que a dupla lhe enviou e decidiu torná-lo seu próximo filme. Ele foi estrelado por Costner, no papel do herói atirador de flechas, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Brooks e Chandler tinham um amigo em comum, Saphiro. O filme recebeu o título de ‘Robin Hood, Men in Tights.’”

Brooks apoiou o menino sobre a questão dos créditos, pois ele, o pai e Saphiro, discutiam a esse respeito. Brooks pensava que Jordan e o pai deveriam receber o crédito pela história; ele e Saphiro, pelo roteiro. A questão era se incluíam ou não Jordie nos créditos ao final do filme. 

“Mesmo o garoto estando 12 ou 14 anos atrasado, ainda era uma boa ideia”, disse o autor de paródias como Blazing Saddles e Young Frankstein.
Evan e Jordan Chandler foram capazes de escrever um roteiro de Hollywood. Uma história fictícia que se tornou um filme. A ideia foi de Jordan e ele participou da redação do roteiro. Quem já viu “Robin Hood: Men in Tights”, sabe que ele está cheio de piadinhas e insinuações sexuais. June Chandler teve uma discussão com Evan Chandler, porque ele não quis dar ao filho a parte que lhe cabia pelo script. Ela disse que Evan devia a Jordan US$ 5.000,00.
Embora Jordan tenha co-escrito o roteiro, ele não recebeu créditos por isso, nem parte do dinheiro. O que levou sua mãe a cobrar de Evan. Segundo ela, o ex-marido estava passando o próprio filho para trás.
A amizade com Michael poderia ser a grande alavanca para o mundo do cinema. E Evan contava com isso.
David Noradahl, um pintor que trabalhou no esboço do logotipo para a empresa de produções cinematográficas que Michael estava criando, revelou em uma entrevista concedida em 2010 a Deborah L. Kunesh algo interessante:

"Eu estava trabalhando em esboços para a sua empresa de produção cinematográfica, chamada de ‘Lost Boys Productions’.... A Sony tinha dado a ele (Michael) $ 40 milhões para iniciar esta empresa de produção e o pai do menino (Evan Chandler), considerou mostrar algum material par de um roteiro... ele se imaginava um roteirista de Hollywood e por se considerar um amigo de Michael Jackson, assim como seu filho, esse cara acreditava que Michael iria colocá-lo em sua empresa de produções, que iria torná-lo um sócio nesta empresa de produções cinematográficas e é aí que a ideia dos 20 milhões dólares veio. Ele queria ½ do dinheiro da Sony. Foi comprovado. Foi uma extorsão. Michael ouviu seus assessores e todos eles lhe disseram para calar a boca e ir para a Coréia, vá em frente com sua turnê, você está no meio de uma turnê. Nós vamos cuidar disso...”

Nota da escritora: você pode ouvir essa entrevista no Reflections On The Dance

Também foi mencionado nos Los Angeles Times de 28 de agosto de 1993:

Fontes da indústria cinematográfica disseram que o pai do menino pediu US$ 20 milhões para a produção de filmes, do dinheiro que foi ofertado a Michael Jackson pela Sony em contrato de financiamento. Embora o pai do menino não tenha se pronunciado publicamente sobre esta acusação ou qualquer outro aspecto do caso, ele tem dito a amigos que a acusação de extorsão não é verdadeira.”

O pedido de Evan para a parceria no cinema não era um segredo nos círculos da indústria cinematográfica. Segundo seu irmão, Ray Charmatz, ele discutiu sobre o assunto com sua esposa, Natalie. Nessa conversa Evan Chandler diz que seu filho, Jordan, pediu a Michael que lhe desse um emprego em sua produtora cinematográfica.
Mas Michael não tinha intenção de tornar Evan Chandler seu sócio, ele sequer confiava naquele homem. Evan, pelo que demonstra sua conversa telefônica com Dave Schwartz, gravada por esse último, deixou claro a Michael o que esperava daquela amizade e quando teve certeza de que Michael não o daria, partiu para o ataque.
Michael se afastou de Evan, assim como June e Jordan, também. Nenhum deles queria falar com ele e estavam todos unidos contra ele. 
Na referida conversa telefônica entre Evan Chandler e Dave Schwartz, Evan deixou claro que tentara diversas vezes falar com a ex-mulher e com Michael, mas eles o evitavam. Ele afirma ter marcado encontros aos quais eles não compareceram e que June havia sido rude com ele. Ele reclama da indiferença de Michael e diz querer a atenção do cantor. Dave Schwartz gravou a conversa e no dia 9 de julho de 1993. Em seguida, ele e a esposa, June, mostraram a fita a Michael.
De fato, June e Dave há algum tempo estavam tentando alertar Michael de que Evan estava tramando algo, mas ele disse estar acostumado com aquilo, que era algo que sempre acontecia a celebridades e que as pessoas estavam sempre tentando tirar dinheiro dele. Michael não pensava que Evan tramaria algo tão diabólico contra ele, mas ao escutar a fita, ele mudou de opinião.
Àquela altura, Michael já tinha pedido ao seu advogado Bert Fields que tomasse algumas providências para protegê-lo de Evan. Bert Fields contratou o investigador particular Antony Pellicano. Antony estava com Michael quando escutaram a gravação.
“Depois de ouvir a fita durante dez minutos, eu sabia que era um caso de extorsão.” Diz Pellicano.
Segue-se a transcrição daquela conversa:

Chandler: Deixe-me colocar as coisas desta maneira, eu tenho certas palavras que irei usar, eu fui intruído a fazer dessa forma.

Schwartz: Sim.
Chandler: Ok? Porque eu não quero dizer nada que possa ser usado contra mim.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então eu sei exatamente o que eu posso dizer. É por isso que eu estou falando.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu tenho algumas coisas em papel para mostrar a algumas pessoas.
Schwartz: Sim.
Chandler: E é isso. Minha parte inteira vai levar dois ou três minutos,
 e eu vou me virar e... (irregularidades na fita) E é isso. Não será nada mais que eu possa dizer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu darei uma volta e eles terão uma decisão a tomar.

Schwartz: Sim.
Chandler: E com base nessa decisão, eu vou decidir se vamos ou não vamos falar novamente ou se isso irá adiante.
 Schwartz: Sim.
 Chandler: Eu tenho que fazer um telefonema. Assim que eu sair, vou ao telefone.

 Schwartz: Sim.
Chandler: Eu farei uma chamada telefônica.
Schwartz: Sim.
Chandler: E direi "vá em frente" ou direi “não vá em frente, ainda”, é assim.

Schwartz: Sim.
Chandler: Assim que será. Eu fui orientado sobre o que fazer e eu tenho que fazer.  Eu não sou... Acontece que eu sei o que está acontecendo, entende? Eles não querem falar nada comigo. Vocês têm se recusado a falar comigo. Mas agora terão que me ouvir. Esta é a minha posição. Pense sobre isso. Eu não estou dizendo nada de ruim sobre Michael, ok? Eu tenho tudo isso no papel.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu vou entregar o papel e inadvertidamente eu não (irregularidade na fita), eu entregarei o papel a Michel e direi “Michael, aqui está seu papel”. “June, aqui está o seu papel”.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Compare os papeis. Leia tudo que está aí. Isso é o que eu sinto sobre isso. Vocês querem conversar mais? Vamos conversar novamente.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Se vocês não"... (inaudível), mas, veja tudo o que eu estou tentando fazer agora, eles me forçaram a ir... (inaudível) no papel e entregar a eles para que leiam.
Schwartz: Sim.
Chandler: Porque...  (inaudível). Quero dizer, não é lamentável? Ora, por que eles querem cortar-me, para ir tão longe, gastar tanto dinheiro, gastar tanto tempo em minha vida chorando, ficando fora de meu trabalho, não pagando... (irregularidades na gravação) ninguém mais? Por que eles querem me deixar assim?

*******************************************

Chandler: Bem, eu tenho que contar os dias, porque eu não quero que isso dure para sempre. Mas, eles estão indo para Turnê no dia 15 de agosto. Eles vão embora. Eles ficarão fora do país.


Schwartz: Sim.
Chandler: Por quatro meses.
Schwartz: Isso é ruim?
Chandler: Bem, eu não poderei me comunicar com eles sobre isso quando eles tiverem partido, poderei?
Schwartz: Eu quero dizer, mas você pensa que...
Chandler: Mas, na verdade, eles não irão.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eles não sabem ainda, mas eles não vão.
Chandler: Será mais uma tentativa, e essa é a única razão, porque este advogado que eu encontrei, eu quero dizer, eu entrevistei muitos e peguei o mais sórdido filho da puta que eu pude encontrar.
Schwartz: Sim.
Chandler: E tudo que ele mais quer e tornar isso público, o mais rápido que puder, com o maior impacto que puder.
Schwartz: Sim.
Chandler: E humilhar tantas pessoas quanto puder, e ele é mau... (inaudível).
 Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: (falam simultaneamente, incompreensível) que ele está me custando muito dinheiro.
Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: Eu acho isso ótimo. Eu acho isso terrível. O melhor. Porque quando alguém, quando alguém lhe diz “eu não quero falar com você...”
Schwartz: Sim.
Chandler: É verdade. Quero dizer, será um massacre se eu não conseguir o que eu quero, mas eu acredito que essa pessoa conseguirá o que ele quer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então, ele não adoraria... (inaudível) nada melhor que isso vá adiante. Ele é sórdido, ele é mau... (conversa simultânea) nada melhor que... (Incompreensível)
Schwartz: Sim.
Chandler: Ele é muito inteligente... (irregularidade) e ele está com fome de publicidade... (irregularidade) melhor para ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então é assim que será.
Schwartz: Você não acha que todo mundo perderá?
Chandler: (simultânea, inaudível) humilhá-lo totalmente, em todos os sentidos.
Schwartz: Isto. Todo mundo não sairá perdendo com isso?
Chandler: Isso não é o problema. Veja, a questão é que se eu tiver que ir tão longe...
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não posso parar e pensar "Quem ganha e quem perde?"
Schwartz: Sim.
Chandler: Tudo o que posso pensar é: “Eu só tenho um objetivo, e o objetivo é chamar a atenção deles.”
Schwartz: Sim.
Chandler: Então isto (inaudível) preocupações são... (inaudível) e enquanto eles continuam não querendo falar comigo, eu não posso dizer a eles quais são as minhas preocupações, então, tenho que ir passo a passo, cada hora de escalada do mecanismo de chamar a atenção, e isso é tudo que me interessa, uma forma de chamar a atenção. Infelizmente, depois disso, é totalmente fora de (irregularidades). Vai sair do nosso controle, isso será realmente enorme, vai seguir por si mesmo e estará completamente fora de controle. Vai ser extremamente enorme, e eu não vou ter alguma maneira de pará-lo. Ninguém mais poderá nesse momento. Quer dizer, uma vez que eu faça aquele telefonema, esse cara vai destruir todos que estiverem no caminho, de forma mais suja, desonesta, cruel, que ele possa. Eu dei a ele carta branca para fazer isso. Isto será depois de manhã, quer dizer, eu tenho feito tudo o possível, de minha parte, para dizer a eles para sentarem e conversarem comigo; e se eles continuarem... (inaudível) eu escalarei aquele mecanismo de chamar a atenção. Ele é o próximo, eu não posso ir a alguém legal... (inaudível). Isso não funciona com eles. Eu já descobri isso. Eu tentei falar com eles e eles me disseram “Vá se foder”.
Schwartz: Sim.
Chandler: Basicamente, o que eles precisam saber, verdadeiramente, é que a vida deles acabou. Se eles não se sentarem. De uma forma ou de outra isso será o próximo passo ou (inaudível) Eu não irei parar até conseguir a atenção deles. Eu não vou parar até eu chamar a atenção deles.
Chandler: As outras vezes que eu tentei falar com eles que precisávamos conversar tudo o que eu consegui foi: "Vá se foder. Nós não estamos falando com você”. Então, agora, eu tinha que deixá-los saber e fazer com que eles soubessem com certeza, que eles têm (inaudível) eles vão se machucar. Então (inaudível) Eu tenho que fazer (inaudível). Se eles não se sentarem e conversarem comigo, eles vão se machucar. Eles não podem continuar dizendo para eu ir-me foder. Eles precisam conversar. Eu quero conversar com eles. Não quero machucar ninguém. Eles estão me forçando a fazer isso. Eles estão me forçando a fazer isso por se recusar a sentar e falar comigo. Isso é tudo que eu peço. “Vocês se sentam e falam comigo (irregularidades na fita) lado da história. Eu escutarei vocês, daí, todos sentamos e conversamos sobre como isso pode ser resolvido”.
Schwartz: Sim. Então é isso...
Chandler: Isso é tudo que eu pedi.
Schwartz: Mas quando você diz “vencedor”, o que você quer dizer com “vencer”?

Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero e eles serão totalmente... eles serão destruídos para sempre. Eles serão destruídos. June perderá Jordie. Ela nunca mais terá o direito de vê-lo.
Schwartz: Sim. Será que isso ajuda...
Chandler: A carreira de Michael acabará.
Schwartz: Isso ajuda o Jordie?
Chandler: A carreira de Michael chegará ao fim.
Schwartz: E isso ajuda o Jordie?
Chandler: Isso é irrelevante para mim. Isso é bobagem. Não. Michael tem que estar lá. Ele é o principal. Ele é o único que eu quero. Deixe-me colocar-lhe dessa forma, Dave. Ninguém nesse mundo foi autorizado a vir para esta família e se colocar entre June, Jordie e eu. Se eu passar por isso, eu ganho um grande momento. Não há maneira de eu perder. Eu chequei todos os lados, de dentro para fora.
Schwartz: Mas quando você diz "vencedor", o que você quer dizer com “vencer”?

Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero.

*****************************
Chandler: Você sabe, você tem que me perdoar por uma coisa, mas fui orientado por meu... (advogado?). Se eu disser algo a alguém...
Schwartz: Sim. Tudo bem.
Chandler:... não me incomodar em chamá-lo de novo. Ele disse que este caso está apenas aberto (irregularidade na fita) “Se você abrir sua boca e soltar isso, não me procure mais”.
Schwartz: Tudo bem. Eu respeito isso. Tudo bem.
Chandler: Não que eu não confie em você ou nada.

*************************************

Schwartz: Mas por que não? Por que não poderíamos ir conversar sobre isso...
Chandler: Porque a coisa já... A coisa já foi posta em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Irá acontecer amanhã entre 08h30min e 08h36min.
Schwartz: Sim.
Chandler: Está fora das minhas mãos. Não faço mais nada.
Schwartz: Sim.
Chandler: Após 08h36min de amanhã.  Tudo foi definido, automaticamente posto em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não voltarei a entrar em contato...
Schwartz: Sim.
Chandler: ...com essa pessoa. Essa coisa é...
Schwartz: Deixe-me perguntar isso, então...
Chandler: (simultânea, incompreensível) 08h36min, a menos que eu ligue...
Schwartz: Sim
Chandler: ...e diga-lhe que não faça isso.
Schwartz: Então por que você não liga e diz isso?
Chandler: Porque eu não vou.

Schwartz: Por quê? Por que você não vai comigo? Quero dizer, nós confiamos um no outro. Nós respeitamos um ao outro. Por que você não pode ir comigo e nós decidimos juntos.
Chandler: Porque eu não quero falar com você sobre isso.
Schwartz: Por quê?
Chandler: Eu quero falar com June, Jordie e Michael. (simultânea, inaudível) Michael Jackson – A carreira de Michael Jackson acabou, Dave. Este homem vai ser inacreditavelmente humilhado. Você não acreditará. Ele não vai acreditar no que está preste a acontecer com ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Será pior que o pior pesadelo dele. (inaudível)... Não vender mais nenhum disco.
Schwartz: sim.
Chandler: Com certeza. E eu, eu quero dizer... eu estou (inaudível) isso apenas tem que acontecer em ordem para conseguir...para continuar (inaudível) e isso não terá de acontecer, se eles aparecerem amanhã.
Schwartz: Sim.
Chandler: Mas se eles não aparecerem, e eu quero deixar isso bem claro, eu tenho tentado tornar isso bem claro, esta é a última chance de conversar. “Se vocês conversarem, nós temos uma chance, se nós não conversarmos, está acabado. Está fora de minhas mãos.” Eu quero dizer, o que mais eu posso fazer? Então por que você não me apoia agora e vamos nos livrar de Michael Jackson? Há outras pessoas envolvidas, estão esperando meu telefonema, que será dado em certo momento.
Schwartz: Sim.
Chandler: - [irregularidade fita]. Eu paguei a elas para fazer isso. Eles estão fazendo seu trabalho. Eu apenas tenho que ir em frente com isso, no tempo certo.
Schwartz: Hmm Hum.
Chandler: Refiro-me ao tempo previsto. Tudo está acontecendo de acordo com um determinado plano, que não é só meu. Há outras pessoas envolvidas.

Nota: Você pode ver a transcrição completa dessa conversa aqui:

0 comentários »

Sesini duyur!

Leia Antes de Comentar:

- Aproveite para deixar a sua opinião, sendo importante que não se fuja do assunto postado.

- Os Comentários deste blog são moderados.